
O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Davi Alcolumbre, e o da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se reuniram nesta terça-feira (3/6) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, além de outros membros do governo federal, no Palácio da Alvorada. O tema da conversa foi a discussão sobre medidas para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado no último dia 22 de maio.
O assunto, que gerou conflitos entre os dois poderes no início, com Hugo Motta, inclusive, dando um prazo de dez dias para que o governo apresentasse uma contraproposta para as mudanças no IOF, parece estar próxima a um desfecho. Após o encontro com o Executivo, os representantes do Congresso sinalizaram que há uma sintonia entre os poderes na busca de uma solução para o ime.
“Eu saio da reunião ainda mais animado. (...) Todos preocupados com o país e não apenas com uma ou outra questão pontual. E eu penso que o Brasil sairá maior, sairá mais forte, e melhoraremos, com certeza, o ambiente econômico do país”, disse Hugo Motta.
Já o presidente do Senado disse que acrescentou sugestões, junto com Motta, às medidas que foram apresentadas na reunião pela equipe econômica. Segundo ele, o que está em discussão na mesa entre os poderes é um “projeto estruturante”, que deve ir além do objetivo inicial de fechar 2025 dentro da meta prevista pelo arcabouço fiscal.
“São agenda sensíveis que precisam ser debatidas e enfrentadas e acho que todos nós estamos com maturidade política de enfrentar as agendas sensíveis quando elas forem a favor da estabilidade econômica do Brasil, para garantirmos o crescimento econômico, a geração de emprego, a diminuição das desigualdades sociais e as injustiças”, sustentou Alcolumbre.
Apesar da discussão e do acordo entre os dois poderes, o governo decidiu esperar para anunciar as novas medidas até a próxima semana. Neste domingo (8/6), haverá uma reunião entre ministros da área econômica e líderes partidários para definir os últimos ajustes do pacote, que, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve vir semelhante a um projeto de lei.