PODERES

Motta e Alcolumbre falam em diálogo para aprovar "medidas estruturais"

Tensão entre o Legislativo com Executivo se arrefeceu temporariamente, com governo indicando saída para o IOF

Autoridades participam de uma coletiva de imprensa após reunião com Lula no Palácio da Alvorada -  (crédito: Mateus Bonomi/ESTADÃO CONTEÚDO)
Autoridades participam de uma coletiva de imprensa após reunião com Lula no Palácio da Alvorada - (crédito: Mateus Bonomi/ESTADÃO CONTEÚDO)

O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Davi Alcolumbre, e o da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se reuniram nesta terça-feira (3/6) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, além de outros membros do governo federal, no Palácio da Alvorada. O tema da conversa foi a discussão sobre medidas para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado no último dia 22 de maio.

O assunto, que gerou conflitos entre os dois poderes no início, com Hugo Motta, inclusive, dando um prazo de dez dias para que o governo apresentasse uma contraproposta para as mudanças no IOF, parece estar próxima a um desfecho. Após o encontro com o Executivo, os representantes do Congresso sinalizaram que há uma sintonia entre os poderes na busca de uma solução para o ime.

“Eu saio da reunião ainda mais animado. (...) Todos preocupados com o país e não apenas com uma ou outra questão pontual. E eu penso que o Brasil sairá maior, sairá mais forte, e melhoraremos, com certeza, o ambiente econômico do país”, disse Hugo Motta. 

Já o presidente do Senado disse que acrescentou sugestões, junto com Motta, às medidas que foram apresentadas na reunião pela equipe econômica. Segundo ele, o que está em discussão na mesa entre os poderes é um “projeto estruturante”, que deve ir além do objetivo inicial de fechar 2025 dentro da meta prevista pelo arcabouço fiscal. 

“São agenda sensíveis que precisam ser debatidas e enfrentadas e acho que todos nós estamos com maturidade política de enfrentar as agendas sensíveis quando elas forem a favor da estabilidade econômica do Brasil, para garantirmos o crescimento econômico, a geração de emprego, a diminuição das desigualdades sociais e as injustiças”, sustentou Alcolumbre. 

Apesar da discussão e do acordo entre os dois poderes, o governo decidiu esperar para anunciar as novas medidas até a próxima semana. Neste domingo (8/6), haverá uma reunião entre ministros da área econômica e líderes partidários para definir os últimos ajustes do pacote, que, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve vir semelhante a um projeto de lei. 

postado em 03/06/2025 20:14
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