As alergias alimentares acontecem quando o sistema imunológico identifica de forma equivocada determinadas proteínas dos alimentos como ameaças ao organismo. Essa resposta exagerada pode desencadear sintomas variados, que vão desde manifestações leves, como coceiras e erupções na pele, até reações mais graves, como dificuldade para respirar e anafilaxia. Essa condição é mais comum na infância, mas pode persistir ou surgir na vida adulta, exigindo atenção e acompanhamento médico.
Causas das alergias alimentares 3i112j
Segundo a nutricionista Thais Lobo, professora mestre do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, as principais causas estão relacionadas à predisposição genética, fatores epigenéticas e ambientais, além do desequilíbrio microbiano intestinal. A profissional explica de forma mais detalhada a seguir:
- Predisposição genética: é um dos fatores mais significativos para o desenvolvimento de alergias alimentares. Se um parente de primeiro grau (pai, mãe, irmão) tem alergia alimentar, a probabilidade de a criança também desenvolver uma alergia é maior;
- História familiar de doenças alérgicas: a história familiar de doenças alérgicas de modo geral, como asma, rinite alérgica e dermatite atópica, também pode aumentar o risco de alergias alimentares;
- Desequilíbrio da microbiota intestinal: pacientes com disbiose podem desenvolver uma hiperatividade imunológica capaz de desencadear alergias e intolerâncias alimentares. Fato que pode decorrer de inúmeras causas, como uso de antibióticos, excesso de bebidas alcoólicas e até mesmo estresse;
- Fatores ambientais: exposição a poluentes ambientais, como fumaça de cigarro, produtos químicos e poluição do ar, pode afetar negativamente o sistema imunológico. Esses fatores ambientais podem aumentar a inflamação e a sensibilidade a alérgenos alimentares.
Alimentos que mais causam reações alérgicas 5j3qt
Abaixo, Thais Lobo lista os alimentos que mais causam reações alérgicas. Veja:
1. Leite de vaca 5rm5h
A proteína do leite de vaca é responsável por desencadear uma das patologias mais frequentes na primeira infância: a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Esta condição pode provocar diversos sintomas, sendo os mais comuns entre bebês e crianças pequenas: refluxo gastroesofágico, episódios de vômito e quadros de diarreia.
2. Ovos 385049
Na clara do ovo, destaca-se a ovalbumina como uma das principais proteínas alergênicas, enquanto na gema a proteína livetina desempenha esse papel. Ambas podem desencadear urticária, tosse e diarreia.
3. Amendoim ki6i
As proteínas vegetais presentes no amendoim são responsáveis por desencadear reações alérgicas intensas, incluindo casos graves de anafilaxia. Considerada uma das alergias alimentares mais severas, pode ser fatal se o tratamento não for iniciado rapidamente.
4. Frutos do mar (mariscos e crustáceos) 1r2a42
Os frutos do mar, como camarões, lagostas, caranguejos, mexilhões e outros, são conhecidos por serem alérgenos comuns. As reações alérgicas podem variar de leves a graves, com sintomas que incluem urticária, inchaço, dificuldades respiratórias e, em casos mais extremos, anafilaxia.
5. Trigo 6w61s
A alergia ao trigo é frequentemente confundida com a doença celíaca, uma patologia autoimune desencadeada pela ingestão de glúten. No entanto, essas condições são distintas. “Enquanto a doença celíaca é uma resposta autoimune contra o glúten, a alergia ao trigo é uma reação alérgica clássica, mediada por IgE, a qual envolve uma resposta imunológica imediata a várias proteínas presentes no trigo”, aponta a nutricionista.
Por Camila Crepaldi?