Vinho faz bem para a saúde?

A resposta é sim! Se consumido de forma moderada, o vinho pode trazer benefícios. É o que afirma Dayanne Maynard, professora de Nutrição do CEUB.

'Estudos sugerem que o consumo moderado de vinho tinto pode beneficiar a saúde cardiovascular, ajudando a aumentar os níveis de HDL, o chamado colesterol bom. O HDL auxilia na remoção do excesso de LDL, o colesterol ruim, que tende a se acumular nas artérias e formar placas de gordura', afirma a profissional

Mas como escolher um bom vinho?

O Correio ouviu especialistas que apresentam as melhores dicas; confira:

A Sommelière Renata Pissolatti afirma que o bom vinho é aquele que cabe no bolso e no gosto do consumidor. Mas dá algumas orientações na hora de escolher:

'Foque em identificar a intensidade das uvas e se você prefere uvas de intensidade baixa, média ou alta. O teor de açúcar de um vinho também é importante. Se você gostar de vinhos doces, opte pelos Suaves. Se gostar de algo mais amargo, opte pelos secos', explica a especialista e fundadora da Pissolatti Vinhos.

Já o enólogo Carlos Sanabria, comenta que é importante observar o rótulo e considerar a apresentação da garrafa. 'Safra/Variedade de uva, os estilos de garrafas se for Borgonha ou Bordeaux, também a qualidade do rótulo e preço claro'. são itens que devem ser analisados, afirma o consulor e fundador da Sanabria Vinhos

Ele considera, no entanto, que não há país 'coringa' onde o vinho seja melhor ou pior. ' Aposto nos Brasileiros por ser produtor também e ver a cadeia sendo girada com o que é nosso. Mas Europa e América Latina tem vários tipos e valores', detalha

O vinho é melhor se for fechado com rolha?

Renata Pissolatti afirma que o tipo de vedação não tem relação com a qualidade do vinho. 'No entanto, vinhos que são feitos para durarem muitos anos em garrafa, precisam ser vedados em rolha. A vedação de tampa rosca é ideal para vinhos jovens que serão consumidos em pouco tempo'

O que a nacionalidade de um vinho diz sobre ele?

Observar a localidade onde um vinho foi produzido também é essencial: 'Temos regiões mais quentes, outras frias ou semi áridas que estabelecem a maturação da uva. E o ponto de maturação para elaboração de um vinho', afirma o enólogo Sanabria

Renata explica que a nacionalidade de um vinho traz consigo características daquele terroir, ou seja conjunto de condições de clima, solo e saber fazer do produtor daquela região

Existem países que produzem estilos de vinhos que o brasileiro está mais acostumado em consumir como Chile, Argentina e Portugal. São os países com maior representatividade em consumo no Brasil. No entanto, o Mundo do Vinho é tão amplo e diverso que merece de nós sempre uma cabeça aberta a novas descobertas, por isso, é imprescindível que sempre experimentemos novos rótulos de novos países

'A Romênia, por exemplo, é um país considerando berço do vinho que produz rótulos de muita qualidade com ótimo 'drinkability' (bebebilidade)', afirma Renata

A Sommelière dá ainda uma dica valiosa e imprescindível na hora de escolher um vinho: observar o registro no rótulo:

'Para checar a procedência de um vinho, observe sempre o contra rótulo para saber se existe o número de registro do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) para o produto e o número de registro do importador, caso seja um vinho importado. Se for um vinho brasileiro, observe o número de registro da vinícola. Isso garante a procedência do vinho', defende Renata Pissolatti

Agora que você já está por dentro sobre os benefícios do consumo moderado de vinho e como escolher um bom rótulo, basta apreciar! E lembre-se: beba com moderação