Operação Concord

Entenda como uma célula do PCC atuava no Distrito Federal

A PCDF desarticulou, na manã desta quarta-feira (30/4), uma célula do Primeiro Comando da Capital no DF. Treze suspeitos foram presos, dois deles em flagrante. A polícia encontrou com eles uma caixa de munição calibre 9mm e um tablete de maconha

 30/04/2025. Ed Alves CB/DA Press. Cidades. Megaoperação contra membros do PCC é realizada no DF. na foto, Delegados Leonardo Castro, Jorge Cardoso e Paulo Francisco.  -  (crédito:   Ed Alves CB/DA Press)
30/04/2025. Ed Alves CB/DA Press. Cidades. Megaoperação contra membros do PCC é realizada no DF. na foto, Delegados Leonardo Castro, Jorge Cardoso e Paulo Francisco. - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

A Operação Concord, deflagrada nesta quarta-feira (30/4), por equipes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF (Draco/PCDF), prendeu, de forma preventiva, 13 suspeitos de integrarem uma célula da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) em Brasília. Um homem está foragido. Além disso, 13 dos 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

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Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, o delegado responsável pela operação, Jorge Teixeira, explicou como ela foi realizada. “Essa etapa se originou de uma operação anterior, em que foram apreendidos alguns itens e, em um dos celulares apreendidos, verificamos um desdobramento de uma célula (do PCC) aqui no Distrito Federal. Cumprimos mandados de prisão e busca e apreensão no Areal, no Itapoã, em Samambaia, no Sol Nascente, em Ceilândia, no Complexo Penitenciário da Papuda e em Goiás”, afirmou.

Confira trechos da coletiva:

O delegado Jorge Teixeira destacou que a célula tinha um esquema organizado de atuação dos integrantes. “Eles possuíam divisão de tarefas. Cada pessoa era responsável pela região onde mora, e essas pessoas ficavam responsáveis pela cooptação de pessoas das regiões para manter a hegemonia no local”, comentou. A operação realizou duas prisões em flagrantes no DF e em Goiás: uma por porte de munição 9mm, de uso ; e outro flagrante por tráfico de drogas, com um tablete de maconha localizado. Os dois presos eram alvos da investigação.

Segundo Teixeira, o contato entre os suspeitos acontecia dentro e fora das penitenciárias. “O histórico que temos é de que, dentro dos presídios, os integrantes da facção convidavam as pessoas, tentando convencê-las de que teriam alguma proteção”, completou. Ele ressaltou que as facções não possuem barreiras no mundo digital. “Apesar de o líder deles estar preso no Presídio Federal, não conseguimos inferir se ele estimula e incentiva. Até porque, a ordem não vem dele, a facção é bem hierarquizada”, explicou.

*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho

postado em 30/04/2025 13:26 / atualizado em 30/04/2025 17:27
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