DENÚNCIA DA PGR

Bolsonaro diz que "exagerou um pouco" ao falar que não ligava para prisão

Em encerramento de seminário do PL, ex-presidente ite que exagerou ao dizer "caguei para prisão" no dia anterior

Bolsonaro participou do Seminario Nacional de Comunicação do Partido Liberal -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
Bolsonaro participou do Seminario Nacional de Comunicação do Partido Liberal - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

O ex-presidente Jair Bolsonaro itiu, nesta sexta-feira (21/2), que exagerou ao usar a expressão “caguei” para demonstrar falta de preocupação com possível prisão em decorrência de julgamento de trama golpista. O antigo chefe de Estado se pronunciou novamente sobre o assunto durante o 1º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal (PL). 

“Ontem eu exagerei aqui um pouquinho”, comentou no mesmo evento em que, no dia anterior (20/2), havia dito que ‘cagava’ para eventual pena. “Falei que estava assim para uma possível prisão. Exagerei um pouco.” Na quinta, o ex-presidente havia dito que lida “o tempo todo” com ameaças do tipo “vão prender o Bolsonaro” e que não ligava para isso. 

Ele itiu que “de vez em quando dá uns coices por aí”, a fim de mostrar que é “de carne e osso”. Segundo Bolsonaro, “a verdade vem nesses momentos”. Bolsonaro, declarado inelegível por oito anos em 2023, também citou a acusação feita contra ele e afirmou que o objetivo do Supremo Tribunal Federal (STF) é tirá-lo da corrida para as eleições de 2026. 

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“Não existe nada, sequer uma mensagem de zap, nada”, falou sobre a denúncia. Aquilo surpreendeu todos vocês, inclusive. Mas eles querem, aqui, vocês sabem quem é, ele (em referência ao ministro Alexandre de Moraes, que analisa a denúncia da PGR): Tirei o cara de combate, vamos acabar com a possibilidade de retornar (...). Não tenho medo nenhum de enfrentar esses caras nas urnas.” 

Bolsonaro foi responsável pelo encerramento do seminário, que ocorreu até esta sexta-feira em Brasília. Na terça (18/2), ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), junto a Braga Netto, Mauro Cid e outras 31 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado.  

Lara Perpétuo
postado em 21/02/2025 20:23
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