COLETIVA

Lula fala sobre aumento do IOF e ações do governo

Chefe do Executivo comenta sobre a ampliação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

Lula concede entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto nesta terça-feira (3/6) -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Lula concede entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto nesta terça-feira (3/6) - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma entrevista coletiva com jornalistas nesta terça-feira (3/6), no Palácio do Planalto. O chefe do Executivo comentou sobre a ampliação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e afirmou que o Ministério da Fazenda está fazendo um "esforço para dar tranquilidade ao povo brasileiro". "Economia não tem mágica, a gente não inventa as coisas", frisou.

Lula avaliou que não houve erro no fato da equipe econômica ter anunciado o aumento do IOF. "Eu não acho que tenha sido erro não. Eu acho que foi um momento político. Em nenhum momento, o companheiro Haddad teve qualquer problema de discutir o assunto. A apresentação do IOF era o que eles tinham pensado naquele instante. Se aparece alguém com uma ideia melhor e topa discutir, vamos discutir", disse.

O assunto gerou repercussão negativa. O Congresso Nacional deu um prazo de 10 dias para o governo federal apresentar alguma alternativa ao decreto que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Acompanhe:

Lula viaja à França nesta terça, às 20h. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que quer alinhar  a definição sobre o IOF com o presidente ainda hoje.

O Ministério da Fazenda destacou que as mudanças no IOF são um esforço para o equilíbrio fiscal, com foco na uniformização e correção de distorções. "Elas contribuem para harmonização da política fiscal com a monetária, buscam reduzir a volatilidade cambial, e, com isso, criam condições para trazer maior estabilidade macroeconômica e favorecer investimentos de longo prazo no país", diz a pasta.

Ações do governo

Durante a coletiva, Lula ressaltou algumas ações anunciadas pelo governo, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil por mês a partir de 2026, o programa Agora tem Especialista e o crédito para reforma de casas. "Estamos vivendo um momento extraordinário de crescimento de renda, de empregos, de inclusão social", frisa.

O presidente também afirmou que vai à França se encontrar com o presidente Emmanuel Macron e discutir temas globais, como acordos climáticos, guerra entre Rússia e Ucrânia, a tragédia humanitária na Faixa de Gaza e o acordo entre União Europeia e Mercosul. Lula citou que a visita à França não é realizada há 13 anos por um chefe de governo brasileiro. A última ocorreu em 2012, durante o mandato de Dilma Rousseff. 

Eduardo Bolsonaro

Lula também criticou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. "Lamentável é que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá para convocar os Estados Unidos a se meter na política interna do brasil. É isso que é grave. Isso que é uma prática terrorista. Renuncia ao seu mandato, pede licença do mandato para ir ficar tentando lamber as botas do Trump e de assessor do Trump pedindo intervenção na política brasileira", declarou.

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postado em 03/06/2025 10:21 / atualizado em 03/06/2025 12:14
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